GÉLIDAS PALAVRAS
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Quando a caneta migrou para o norte
Sopros, sopros, sopros
Minha mente é vela de um barco
À deriva
Empurrado pelos sussurros d´além
Que me levam bem mais além.
(Cristine H H)
Poema do Aparelho Digestivo
Foi um nó num pedaço de corda
De esôfago, de boca de estômago
Nas tripas, a ácida palavra dita
Entalou fundo, cravou-me o âmago.
Acidez cortante de mórbida poesia
Contraindicação para minha azia.
(Cristine H H)
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
UM SOPRO GELADO NO SEU OUVIDO
...
De um vazio insuportável o dia como esse
O dia de nuvens carregadas
De garoa voando solta sem rumo
O vento é frio
O agasalho pouco
Outros, no recanto de luz
Jogam paciência com as palavras
E não dão conta das intempéries...
Seus poemas são quentes
Sua rima é farta
O vento passa...
...uns sentem sua presença
E escrevem.
... uns guardam em garrafas
Mas depois também escrevem.
(Cristine H H)
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